“E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de gerar; entra, pois, à minha serva; porventura, terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.” (Gênesis 16.2)
Sarai não interpretou de forma espiritual a Palavra de Deus a Abrão, e este deu ouvido a sua voz em lugar de ouvir o que Deus o havia dito. Na Mesopotâmia sendo a esposa estéril a sua serva poderia ser tomada em seu lugar e o filho que esta gerasse seria considerado legítimo de sua senhora. A atitude de Abrão diante do conselho de Sarai era algo comum em sua época.
Foi assim que Sarai entendeu que Abrão seria feito pai de muitas nações. Contudo, não foi o que o Senhor planejou. O plano era que tanto Abrão quanto ela vivessem o sobrenatural. O plano era que eles conhecessem a Soberania do seu Deus e a recompensa por n’Ele confiar.
“Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa” (Gálatas 4.23)
O Espírito Santo considerou carnal o conselho de Sarai e a atitude de Abrão, ambos não glorificavam a Deus, mas sim a lógica humana, assim sendo, Ismael foi gerado “segundo a carne”.
A princípio nossas tentativas de ajudar ao Senhor parecem não ter nenhuma consequência, mas não se engane elas têm. A principal delas é o efeito retardatário; quanto mais tempo passamos glorificando a lógica humana, mais tempo atrasamos o cumprimento da promessa divina em nossas vidas.
Reflita por exemplo, há quanto tempo o Senhor fez uma promessa acerca da sua vida?
Quantas vezes você tentou ajudá-lo?
Escondeu uma carta na manga?
“Se isso não der certo eu faço aquilo”.
Um plano B...
Todas essas coisas retardam o processo de aperfeiçoamento da fé. Por sua atitude Abrão teve de esperar por mais de uma década para ouvir novamente uma instrução do Senhor:
“Era Abrão de oitenta e seis anos, quando Agar lhe deu à luz Ismael... Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor”... (Gênesis 16.16; 17.1)
Para reforçar e detalhar a promessa.
“E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele. E, quanto a Ismael, também te tenho ouvido: eis aqui o tenho abençoado... O meu concerto, porém, estabelecerei com Isaque”... (Gênesis 17. 19,20,21)
Em Sua bondade o Senhor até pode abençoar muitas de nossas decisões e atitudes em busca da promessa, mas a plenitude só se obterá por meio da entrega e de atitudes espirituais.
As atitudes lógicas ou carnais normalmente ferem a Soberania da promessa. Precisamos investir o tempo suficiente (que não é pouco) para compreendermos perfeitamente o que o Senhor quer de nós.
A pessoa que melhor exemplifica isso é Davi.
“Dali passou Davi a Mispa de Moabe e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim.” (I Samuel 22.3)
Precisamos permanecer na Presença de Deus em: oração, jejum, e leitura constante da palavra, até que o Espírito Santo nos dê os detalhes da nossa missão aqui na terra.
E lembre-se: quanto maior for o seu propósito mais exigente será o tempo de preparação. Portanto comece logo! Pare de perder tempo.
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