Um Pequeno Passo

Este é um artigo especial. Ele é o trecho de um capítulo do livro que estou escrevendo. Espero que gostem. 



Por que Jesus desenvolvia esse tipo de confiança no coração das pessoas?   
As profecias a respeito dEle diziam que seria chamado de: “Emanuel”, que significa, Deus conosco.
Seu comportamento como tal, é o que gerava a indagação de muitos.
Ele usa um nome simples. Como João e Maria estão para os nossos dias, “Jesus”, está para os dias dEle.
Ele, porém, é diferente de todos os outros que já apareceram. Não usa palavras difíceis ou rebuscadas, não lidera um movimento partidário ou uma revolta; Ele comunica-se com a multidão por meio de parábolas; parábolas que possam lembrá-los do seu cotidiano e ao mesmo tempo lhes abrir os olhos para o céu.
As multidões “maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade...” (Marcos 1.22).
As suas mãos curam (Lucas 13.13), sua saliva cura (João 9.6), suas palavras curam (Lucas 7.48), suas vestes... curam (Marcos 5.28)... Porque dele sai poder (Marcos 5.29).
“Mas o que Ele é”?  “Um encantador”? “Um mago”? Não. Não é disso que as pessoas o chamam, elas dizem que Ele é o Cristo (João 7.41) o Filho do Deus vivo. O Salvador.
Enquanto uns olham pra Ele com esperança, outros indagam: “Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?... E escandalizavam-se nele” (Mateus 13.54-57).
Sua simplicidade era sinônimo de desconfiança. Não havia sido ensinado por nenhum Rabino famoso. Mas como poderia? “Nele estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Colossenses 2.3 KJV). Não era de família abastada. Contudo, por detrás de tudo isso, estava o resplendor da glória, e a expressão exata de Deus. Estava Aquele que sustenta todas as coisas pelo poder da Sua palavra (Ver Hebreus 1.9).
Para segui-lo comissionou doze homens; não pré-moldados. Pelo contrário, todos apresentavam características diferentemente peculiares. Ao ser chamado para conhecer o Pregador Nazareno, um de seus posteriores discípulos – Natanael – disse: “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?... Disse-lhe Filipe: Vem e vê” (João 1.46).
Isso, porque Nazaré era um pequeno povoado, uma vila; longe da capital Jerusalém. Não era nenhum centro comercial ou mesmo uma referência universitária; portanto, Nazaré não tinha importância, expressão, ensino, “qualidade”. Um lugar, de onde ninguém jamais acreditasse que alguém como Ele, viria.
Ele não fala sobre política, religião ou tradição; a não ser, quando é preciso colocar cada uma delas no seu devido lugar. O tema principal de sua conversa é o Reino de Deus, e o que é preciso fazer para ser aceito nele. Sendo assim Ele dizia: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (João 7.37,38). De tal forma Ele os impressionava que chegavam a dizer: “Jamais alguém falou como este homem” (João 7.46).
Usa vestes simples, fala de forma simples, come com publicanos e pecadores, e os seus discípulos não lavam as mãos antes de comer1. Opera milagres no sábado, e dizia: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá... e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (João 11.25,26).
Um nome simples. Uma vida simples. Uma forma simples.
É assim que Deus se comporta?
         É. Por incrível que pareça.
         Discreto. Simples. Amoroso... Ele está perto.

Certa vez, tendo os seus discípulos, retornado de uma missão, “lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado. E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham. Então, foram sós no barco para um lugar solitário. Muitos, porém, os viram partir e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram antes deles. Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas” (Marcos 6.34).
        
Rapidamente o lugar de descanso dos discípulos, foi transformado, em um lugar de encontro com Deus. As multidões sedentas vinham até Ele. E Ele sem respeitar horários, compromissos, e até mesmo a fome e o cansaço dos seus discípulos, estava sempre pronto a atendê-las. Ele as via “como ovelhas que não têm pastor”. Elas se sentiam sozinhas. Abandonadas, pela religiosidade. Eram sempre consideradas indignas. Ele não. Sempre as acolhia. Não importava a hora, nem o lugar. Estava sempre a disposição. E tomou o cuidado de nunca despedir de mãos vazias aqueles que lhe pediram ajuda.
Não foi diferente com ela. Ela veio por detrás dEle. E lhe tocou nas vestes. “Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada”.
O que a levou a acreditar nisso, foi o fato de Ela ter “ouvido a fama de Jesus”. Ao certo, não sabemos o que ouviu. Mas o que ela ouviu acerca de Jesus, foi o suficiente para fazê-la continuar.
O que ela ouviu com relação a Ele, foi o que lhe deu a força necessária para passar por entre a multidão e tocar-Lhe nas vestes.
E tendo tocado... “Logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo” (Marcos 5.29).
Um toque... Uma cura... Um milagre...
A fé, recompensada com a benção. A espera, substituída pelo milagre. A frustração, vencida por Deus.
Ele queria conhecê-la. O poder havia saído dEle. E para que o Seu poder fosse liberado, alguém precisava tocá-lo de forma diferente. “Quem me tocou nas vestes?”, questiona. A resposta de um dos discípulos revela nossa incompreensão ante a Graça de Deus: “Vês que a multidão Te aperta e dizes: Quem Me tocou?”. Ele continuou procurando e “então, a mulher, atemorizada e tremendo, cônscia do que nela se operara, veio, prostrou-se diante dEle e declarou-Lhe toda a verdade”.
O que será que ela disse?
Eu não sei. Não importa. O que importa é o que ela ouviu. E a mesma voz que disse ao caos: “Haja luz”; falou com ela aquele dia: “Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal”.
Ele não a questionou. Não a repreendeu. Por ser uma “imunda”, não poderia tê-Lo tocado. Não a maltratou. Não a ignorou... Pelo contrário. Ele a procurou. Foi ao seu encontro. “Quem me tocou?”. E tendo-a encontrado, lhe disse: “Filha...”
Que contraste não?... Porque Ele faz isso?
Porque é isso que somos. Sendo que a maioria de nós, não quer ser.
“A tua fé te salvou; vai-te em paz”. Há quanto tempo essa palavra não lhe assombrava? Paz. Porquanto tempo ela almejou senti-la? Mas ela tinha fé. Por isso foi salva.
Estamos a um passo da liberdade. Mas temos medo de segui-lo. É bem verdade, que muitas vezes ele precisa ser dado em meio a: dores, dilemas, decepções... enfim... mas precisa ser dado.
Em 20 de julho de 1969, o astronauta americano Neil Armstrong, entrou para a história como o primeiro homem a pisar na lua e de lá avistar a terra.
Junto com ele, a bordo do Apolo XI, estavam Edwin Aldrin, também chamado de "Buzz" (zumbido) e Michael Collins. Os três deveriam cumprir a missão de alunissar (aterrissar na Lua) após levantarem vôo em 16 de julho.
Em cerca de duas horas e meia eles coletaram amostras do solo, fizeram experimentos e tiraram fotografias.
Naquele dia o mundo inteiro ficou alerta. Jornalistas de 55 países, 850 ao todo; registraram o feito. Cerca de 1,2 bilhões de pessoas testemunharam, via satélite, a alunissagem considerada impossível.
Os astronautas voltaram a Terra em 24 de julho de 1969, chegando com 30 segundos de atraso. Receberam como presente, os aplausos e a admiração de seus semelhantes. Eram heróis. A humanidade agradecia. Desde então, o sistema de comunicação via satélite tem revolucionado o mundo. Foi um grande feito. Um grande avanço.
Durante uma breve comunicação com a Terra, Neil Armstrong disse:

"É um pequeno passo para um homem,
mas um gigantesco salto para a Humanidade" (Neil Armstrong, 20 de julho de 1969).
 
Pequenos passos precedem grandes jornadas. Pequenos passos nos conduzem a grandes conquistas.
Aquela “certa mulher” enfrentou o receio de dá-los. E você? Porquanto tempo vai resistir. Ou por quanto tempo continuará desistindo de si mesmo?
Os pequenos passos de Neil Armstrong significaram grandes saltos para a humanidade. Pequenos passos em direção a Deus significará, gigantescos saltos em sua vida.
         Só depende de você...
“Fica livre do teu mal”.

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