Um Olhar Adiante - Parte I


“Todos pecaram... e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23)



Bang! Bang! Bang!
O que está acontecendo? Gritam os alunos.
A tranquilidade foi rapidamente afogada pelo terror.
 Gritos, corre-corre, desespero... Morte.
Tim Kretschmar, um jovem de 17 anos, entrou na escola com uma roupa de camuflagem preta, e atirou indiscriminadamente pelos corredores e salas de aula. Tim matou três professores, 11 estudantes, e em seguida fugiu, sendo perseguido pela polícia. Durante a fuga após ter matado mais três pessoas, e estando baleado, Tim se suicidou.
Uma atitude horrível. Uma atitude grotesca. Monstruosa.
Conhecido como: um bom jovem, pacato e discreto, Tim, era de uma família de classe média e não tinha antecedentes criminais. Ninguém jamais imaginaria que ele fosse capaz de coisas como essas. Ninguém desconfiaria.
Então, o quê, o teria levado a tal coisa?
Só há uma resposta.
A sua humanidade pecadora.
Todos nós a possuímos, e junto com ela, um lado animalesco. E na manhã de 11 de março de 2009, na pacata cidade alemã, de Winnenden, o lado animalesco de Tim Kretschmar, se manifestou.
Ele nasceu em todos nós quando Adão e Eva, estando no Éden pecaram contra o Senhor.
Assim que desobedeceram, ambos, que frequentemente conversavam com Deus, tiveram medo e vergonha dEle. Perceberam que estavam nus.
Ainda como consequência, foram expulsos, homem e mulher do jardim do Éden e querubins foram postos para guardar a árvore da vida eterna. O homem não teria mais acesso direto à vida de Deus.
O pecado, a distância, a vergonha, a nudez... A maldade. Todos começaram a fazer parte do caráter humano. E se espalharam. Como uma infecção generalizada. Espalharam-se de tal maneira, que levou o apóstolo Paulo a dizer:

Todos pecaram... e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23).

Ao passo que o pecado se instalou na humanidade; a vergonha encheu seu coração, e ela não se julga digna de aproximar-se ou de ser aproximada a Deus. Passou a criar seus próprios caminhos. Ditar suas próprias regras. Quer viver independente. Como Adão, ela procura esconder-se de Deus, criando seus próprios deuses ou inventando para si religiões que amenizem a sua carência, a sua vergonha. “Cozem folhas para si, e vestem-se.”
Com o pecado e à distância de Deus, não temos acesso direto à árvore da vida. Mas queremos viver. Sentimo-nos inseguros, indignos, indesculpáveis. E somos.
Talvez, não tenhamos cometido a mesma atrocidade que Tim. Talvez não sejamos assassinos. Mas, quem sabe: linguarudos, ou mentirosos, trapaceiros, iracundos descontrolados, glutões insaciáveis...
“Todos pecaram...”
Você não se assusta com seu comportamento? Nunca se perguntou: “como posso ser tão mau?” Ou nunca questionou seus pensamentos e atitudes como sendo animalescos? Nunca aconteceu de você ter conscientemente, decidido evitar o mal, e inconscientemente você cometê-lo?
Não se preocupe. Isso não é privilégio de alguns, todos passam por isso. O apóstolo Paulo descreve como se sentiu ao estar inserido nessa batalha:

“Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”(Romanos 7.15-24).

Já se fez essa pergunta?
Será que alguém poderia nos livrar daquilo que somos? Salvar-nos de nós mesmos?

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